Que terror da folha em
branco, fico em panico
quando o papel está
cândido, quando as folhas
continuam pálidas e
sem encanto, pois não se faz
canto com folhas em
branco, não, não se faz canto.
Quando estou em um
canto e me vejo com um papel em branco,
que medonho e estranho,
pois páginas não foram feitas para serem alvas,
somente assim nascem de
tal forma, vazias e com lacunas claras,
mas não se enganem,
pois laudas pálidas, são palavras covardes.
Folhas em branco são o
conto de um canto que não foi
mais que ideias que não
souberam chegar ao papel cândido.
Escreva sua primavera
em forma de canto, faça de suas
páginas muito mais que
um papel em branco.
Como gostaria de
terminar esse soneto em branco, mas
alvos não podem ser os
verso e nem os cantos.
Imagine como seriam se
fossem brancos os contos,
variam-se vazios e
mudos os cantos por causa de páginas em branco.
Eduardo
Andrade do Nascimento

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