quarta-feira, 4 de julho de 2012

SONETO DA PÁGINA EM BRANCO




Que terror da folha em branco, fico em panico
quando o papel está cândido, quando as folhas
continuam pálidas e sem encanto, pois não se faz
canto com folhas em branco, não, não se faz canto.

Quando estou em um canto e me vejo com um papel em branco,
que medonho e estranho, pois páginas não foram feitas para serem alvas,
somente assim nascem de tal forma, vazias e com lacunas claras,
mas não se enganem, pois laudas pálidas, são palavras covardes.

Folhas em branco são o conto de um canto que não foi
mais que ideias que não souberam chegar ao papel cândido.
Escreva sua primavera em forma de canto, faça de suas
páginas muito mais que um papel em branco.

Como gostaria de terminar esse soneto em branco, mas
alvos não podem ser os verso e nem os cantos.
Imagine como seriam se fossem brancos os contos,
variam-se vazios e mudos os cantos por causa de páginas em branco.

Eduardo Andrade do Nascimento

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