quarta-feira, 17 de outubro de 2012

VONTADE




As vezes parece insano
de tão sereno que é o encanto.
As vezes me sinto tonto
quando recordo nosso encontro.

E nesse conto onde ainda não somos
faço de meus sonhos seus cantos,
faço de seus beijos um doce encanto
onde tu e eu somos o que não somos.

Ah! doce é o devaneio quando
sou o guardião de teu cabelo,
amargo é meu indômito canto
quando distante estou de seu beijo.

Sim tenho por vezes medo
de entender nosso desejo,
de compreender que sem seu beijo
sou apenas um homem ao relento.

Eduardo Andrade

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