Alguns
amores não forem feitos para serem amados
existem
somente como um objeto de admiração
de
contemplação, sempre distantes, nunca ao alcance
dos que
amam calado aquele amor desesperado.
Aquele
amor que mesmo distante se faz constante
alvo de
apreciação, se faz palpitante por todos
os poros
de um corpo que explode em fascinantes
ondas de
cores, que fazem da lembrança algo celeste.
Um momento
guardado num sorriso discreto
que
persistem, insistem na permanecia em nossos lábios,
apenas uma
lembrança desgarrada de seu lugar na memória,
uma
zombeteira que vagueia na parte presente de minha cabeça.
Assim,
submerso em tanto querer, transformo
o passado
em um sonho de acentuado sabor amargo,
o presente
em uma ausência de beleza tão serena
e o futuro
é somente um tiro mudo no escuro.
Eduardo
Andrade

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