terça-feira, 20 de novembro de 2012

Aquele amor calado




Alguns amores não forem feitos para serem amados
existem somente como um objeto de admiração
de contemplação, sempre distantes, nunca ao alcance
dos que amam calado aquele amor desesperado.

Aquele amor que mesmo distante se faz constante
alvo de apreciação, se faz palpitante por todos
os poros de um corpo que explode em fascinantes
ondas de cores, que fazem da lembrança algo celeste.

Um momento guardado num sorriso discreto
que persistem, insistem na permanecia em nossos lábios,
apenas uma lembrança desgarrada de seu lugar na memória,
uma zombeteira que vagueia na parte presente de minha cabeça.

Assim, submerso em tanto querer, transformo
o passado em um sonho de acentuado sabor amargo,
o presente em uma ausência de beleza tão serena
e o futuro é somente um tiro mudo no escuro.

Eduardo Andrade

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