sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Seja Bem Vindo!




Seja bem vindo você que
começa ler minhas linhas
você que somente aprecia
minhas poucas e tortas rimas,
aconchegue-se, pois agora
o que lerá daqui para frente
é o fim do amor, isso mesmo,
o epílogo do amar, o fenecimento
daquela chama que invade
o peito de quem ama,
o triste momento em que
o amor vira devaneios
de um cansado sujeito.

A dor que carrego no peito
por todos os momentos
em que o sonho de um
amor presente não
ultrapassa as linhas
de uma fábula ausente,
que resumem-se naquela
máxima, onde um ama
aquele que não quer.
O encantamento virou
lamento, o sorriso
de mais um dia vivido
deu lugar para o choro
de mais um dia perdido.

Assim se foi o amor
que morou em mim,
que saiu de ti,
que fez casa em meu peito,
dominou minha cama,
mas que não soube
esperar minha dúvida,
nem entender meu tempo.
E assim hoje caminho
de peito vazio, ando
sozinho olhando para
o fundo de um copo
esvaziado.

Eduardo Andrade

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