Preciso sair dessa
cópia e ir além do que
se pode observa por
essas paredes de concreto cinza,
ultrapassar as linhas
que limitam o urbano,
que acorrenta cabeças
em telas.
Pensamentos digitais,
curtidos, postados e
compartilhados
em doses homeopáticas
de redes sociais,
movimentos paralisados
em um painel global,
observado por todos
aqueles que vigiam e punem
as mentes que pensam
com a liberdade do verde,
que sobrepujam caixas
de concreto,
que extrapolam a cor
fúnebre do asfalto embraçador
de uma cidade cinzenta
e dominada
em um ciclo vicioso e
alienante.
Superar a urbe
significa liberar
seus pensamentos para
tudo que não é cinza,
opressor e dominante,
transpor as barreiras dessa cor
tão urbana, cheia de
sonhos perdidos em poeiras de asfalto,
repleta de vidas
despejadas nas bocas de canos de carros fumantes.
Eduardo Andrade.

Nenhum comentário:
Postar um comentário