terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Quando olhei em teus olhos




Quando olhei em teus olhos
encontrei novamente minha amada,
por alguns segundos pude contemplar
aquele teu olhar cheio de amor,
onde bastava somente um simples sorriso teu
para que o dia fosse repleto de tua imagem,
para que minha vida fosse ainda mais plena.
Sim, sinto saudades de tudo que se refere a vossa pessoa,
tenho desejo em teu corpo onde somente eu sei seus segredos,
pois nele pude ser um humilde guardião de todas suas belezas.
Mais uma vez me perco em teu olhar e nos caminhos que nele percorri,
uma vez mais me encontro em teus olhos
e reencontro aquele brilho esquecido.
Novamente saudades, sim, saudades de teus cabelos
e de cada fio que compõe tua cabeleira celeste,
queria poder novamente deixar minhas mãos
passearem por teus cabelos, sentir vosso cheiro imperioso
e neles poder durante horas me perder, para que assim,
quem saiba possa reencontrar de novo isso tudo
que durante anos fomos.

Cansei de andar por ai atrás daquilo que poderia ser a tua imagem,
quantas vezes perdido tentei encontrar em outras bocas teu gosto,
mas somente senti um amargo, assim como veneno,
consumia minha vida, roubava toda minha felicidade
e de boca em boca fui deixando minha vida perdia
em diversos momentos onde vossa figura era o que eu procurava.
Insistentemente procurei-te de novo em minha cama,
mas o que encontrei foi somente um espaço vazio,
um ambiente hiato, sem espaço, nem tempo.
Por falar em tempo,
que tortura é o tempo longe de tua boca,
que agonia é a lacuna que deixaste em nosso leito,
acre é o gosto que forma-se na ausência de teus lábios,
poderia usar diversas formas para dizer a mesma coisa,
aquilo que se estampa em nossos olhos quando eles se alcançam,
plenitude de sentidos, ausência de palavras, pois elas, jamais
poderiam dizer aquilo que se traduz em nosso olhar.
Mas mesmo assim me utilizarei delas para fazer-lhe
esse poema que é somente uma forma desesperada de afirmar
que as palavras escritas aqui são a representação plena do amor.

Eduardo Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário