Revolução não se faz
com flores
suas pétalas frágeis
não podem
fazer tombar o muro de
pedra que é o capitalismo,
somente podem
enfeitá-lo e disfarçá-lo
para que não se veja
seus defeitos de fábrica,
seu aroma fétido de
podridão secular.
Flores não fazem
revolução, somente amor,
porém nem um e nem
outro
tem o poder de findar
com o que somente
as armas podem acabar,
por ao chão esse muro
de imagens perdidas
entre valores
monetários e a rapina dos bolsos populares
superar essa barricada
reacionária de pedras financeiras
com braços camponeses
e armas operárias.
Guardemos a flores para
quando formos fazer amor,
pois ai sim elas tem o
poder de transformar,
mas nessa batalha
campal entre classes antagônicas
as flores não
suportariam o zumbido zombeteiro
dessa guerra classista
entre o capital e o trabalho.
Façamos amor na hora
em que se deve fazê-lo,
usemos as flores nos
momentos de paz,
mas não permita que
roubem vossa rebeldia com flores,
pois na hora da guerra
popular não existira amor nós olhos,
nem flores sem
carregadas nas mãos,
somente pupilas
dilatadas com ódio de classe e
armas agarradas por
garras populares.
Eduardo Andrade.

Nenhum comentário:
Postar um comentário