Não sei o que me faz
assim
feliz e triste de
fronte ao que é a vida
sinto nela um profunda
mistura de solidão que liberta
e multidões que
aprisionam,
sinto a vida bela em
suas aquarelas,
ao mesmo tempo vejo-a
suja sem estrelas e nem luas
talvez veja demais a
vida ou invés de vivê-la
talvez a viva de forma
errada,
mas qual viria ser a
forma certa de vivê-la
as razões para que
sejamos nela,
mas precisamos de
razões para vida?
Quero me encontrar nos
cumes da terra
aonde possa estar
sozinho,
quero me perder onde
cantam os pássaros,
por cada pedra pretendo
deixar minhas lágrimas,
minhas histórias e com
elas construirei meu sorriso,
preciso ficar longe de
tudo que não é vivo
de corpos desabitados
de vida,
porém ambulantes,
de pessoas com sonhos
digitais.
A liberdade talvez a
encontre longe do caos
em um ambiente rural,
inóspito,
em um cume de alta
latitude
mas somente sozinho
poderei
ser o que eu ainda não
sei que sou.
Depois que tiver
percorrido
junto com a terra seus
caminhos de sabedoria,
depois de
solitariamente escutar o silêncio das montanhas,
quando a harmonia de
meu corpo for a mesma que as águas de um rio
talvez eu volte e me
sinta livre em um ambiente fechado e artificial,
talvez consiga ver amor
nessa cidade cinza
e em suas pessoas de
sonhos mortos.
Pode ser que não
volte,
pois posso me encontrar
longe do meu lugar
nem sempre nosso lar é
a nossa raiz,
por isso preciso ir,
por isso preciso andar.
Eduardo Andrade.
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