Há 500 anos uma elite de além mar
veio para terras do novo mundo,
atravessaram o oceano em suas
caravelas zombeteiras, que traziam
em si a espoliação e a ganância
de uma elite lusitana, que traziam consigo
toda a herança de um velho mundo
afundado em guerras de rapinas,
estraçalhado por uma nobreza feudal.
Há 500 anos um Cabral trouxe para
os povos do novo mundo o fim de sua
soberania, o fim de sua autodeterminação,
trouxe também as doenças e com elas a
escravização e a aculturação de um povo da terra.
Uma história há
muito conhecida,
um holocausto maquiado nos livros de história,
uma parte nossa que insistimos em esquecer
por nossa fútil conveniência.
Hoje depois de 500 anos invasão
não mais precisamos que uma elite
estrangeira venha saquear nossas terras,
que venham roubar nosso povo,
hoje temos o nosso próprio Cabral,
nascido em terras brasileiras,
e que cumpre fielmente seu
papel de cão de guarda de uma
elite fluminense que se esforça
na tarefa de reeditar o mesmo
genocídio cometido por uma
elite lusitana. Hoje depois do
Brasil colônia continuamos a ser
uma marionete das elites estrangeiras
e nossas classes dominantes cumprem
seu sagrado papel através de congressos e
presidentes,
através de deputados, prefeitos e governadores.
Enfim e resumindo toda essa trágica história
de Cabral a Cabral os índios
continuam se dando mal.
Eduardo Andrade

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