segunda-feira, 25 de março de 2013

(Im) Plenitude




Na plenitude do pensar
abstraio meu ser raso,
extrapolo tudo que
me faz pequeno,
pois para viver em harmonia
com a alma deve-se
libertar de tudo que
te faz mundano em
um mundo de valores
restritos e fabricado em
propriedades igualmente
restritas, portanto
me desprendo daquele
cinza-urbano.

Saindo do cinza-cimento
fujo para uma realidade
mais verde, para um
mundo paralelo onde
a preocupação do homem
não é a ganância sobre o homem,
vida simples e harmonia com
tudo o que é belo, com tudo
que faz livre a alma humana
em um mundo tão cruelmente
insano e mundano. De fronte
ao esplendor da natureza 
vemos o quão mesquinhos
são nossos sonhos e valores.

Talvez seja na plenitude
de um mar profundo,
na energia de uma cachoeira
materna que encontramos
a harmonia do ser
com a alma, a consciência
de um mundo mais profundo
em sincronia com a natureza mãe,
fazendo de toda essa realidade
cinza-urbano somente um
pesadelo, uma abstração
da implenitude de um ser raso.

Eduardo Andrade    

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