Invertendo a lógica do talvez

Talvez seja a vida dizendo que não é,
Talvez seja o momento de não sermos
Para que no futuro possamos ser mais do que somos.
Talvez, talvez, talvez. Estou cansado de coisas incertas
Sou acostumado com certeza de uma voz que afirma
E não com a indecisão de uma voz que duvida,
Não sou chegado a viver as cegas sem direção,
Gosto de uma estrada iluminada
Onde possa ver meus passo e meus riscos,
Gosto de qualquer coisa que seja concreto
Que tenha um ar de firmeza,
Um certo desprezo as coisas indecisas,
Por isso afirmo do que gosto.
Gosto de você,
Dos seus beijos,
Do seu queixo,
Amos seus seios,
Seu colo macio,
Amo tudo que seja você,
Sem dúvidas, sem incertezas.
Carrego comigo a certeza
De que em minha cama é soberana,
De que em minha vida é a certeza
E nunca a dúvida de uma boca tremula.

Invertendo a lógica do talvez
Afirmo que hoje você é única,
Que não saberia entender uma vida
Desgarrada de teus braços.
O quão seria insano a caminhada
Longe dos momentos nossos,
Longe dos teus beijos,
Do seu sexo e do seu corpo inteiro.
Quero momentos de paz celeste ao vosso lado,
Quero a eternidade de nossos sorrisos
Tatuada em nossas bocas soltas
Para que possamos juntos caminhar
Em um alameda de cravos,
Por uma primavera de vida,
Quero que sejas minha namorada,
Minha amante,
Minha companheira,
Quero você hoje,
Amanhã e depois.

Eduardo Andrade