O quão
tergiversado foi a estrela
Durante a
noite das bocas vazias de palavras
E de tão
hermas que eram as bocas
Tornou-se
ausente a luz dos astros noturnos
Para a visão
dos que andam calados.
Tácitos nos
mantiveram diante a penumbra
Que tanto insistiam
em abafar o grito das ruas.
Vazia foi a
noite despovoada de estrelas,
Hiato eram
as palavras que não diziam nada,
Frívolo foi
nosso passo diante a hipocrisia da matilha que domina
E foi assim
que perdemos nosso rumo
Que subimos
e descemos montanhas
Atravessamos
rios caudalosos
E nos
perdemos na terra que devia ser nossa morada.
Mas não
podem tergiversar por muito o cintilar das estrelas,
Enganam-se
os senhores do silêncio, das noites vazias.
Agora que
enxergamos a dança dos astros,
Que achamos
nosso rumo para o futuro
Já não andamos
calados,
Nem sozinhos
sonhamos nossos sonhos.
As ruas não
mais se silenciam, as noites já não são caladas,
Nelas agora
atuam e ocupam as bocas repletas de palavras,
A ação
apinhada de sentido, a ideia transbordante de vontades.
Somos nós o
despertar da nova era, o vento que dispersa as brumas,
A solução
para nossos tombos, o remédio para nosso sono.
Agora que
achamos o caminho diante de tanto circo
Não andamos
mais perdidos entre montanhas e rios,
Somos donos
de nossa terra e nela construímos a nossa morada.
Eduardo Andrade
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