quinta-feira, 4 de julho de 2013

Finalizo em Parati

Finalizando esse nosso caso
Não farei disso meu descompasso,
Nem tão pouco motivo para choro.
Olhando de fora vejo o quão pouco
Foi o momento em que éramos hora,
O minuto certo, o segundo concreto.
Diante do que foi tão pouco,
Ao menos para o tolo,
Já não vejo motivos para embaraço.
Porém carrego o desconforto comigo
Do amor que virou resíduo
Esquecido na beira dum rio,
Finalizado na mudez dum sopro.
Talvez tenha sido um sonho incompreendido
Esse suspiro que sussurrei em vosso ouvido,
Capaz que não tenha compreendido
O amor que poemizava tua boca,
A poesia que rimava com sua vida.
Assim sendo há tempos
Já não escrevo nem Parati e nem para ti
Um poema, uma poesia afim,
Pois pensar em ti lembra-me Parati
E Parati em si lembra-me de ti.
Agora que vejo o fim
Enfim posso caminhar por ai
E talvez assim por fim
Não seja mais para mim Parati.


Eduardo Andrade

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