Minha
incapacidade de amar
Está na
saudade que se cria na ausência de teus olhos,
Esse medo de
amar que me domina
É o receio
de esquecer-te em outra boca
De
esvaziar-me de você na presença de outros olhos.
Sou amante
desse amor que morreu
Nos entroncamento
em que nos perdemos,
Onde se
tornou dois o que era um único caminho.
Coube-me o
fardo de levar no encalço
A mortalha
desse amor moribundo
Que
transformou meu mundo na desgraça de um grito mudo
Berrado no
escuro, ululado sem pecado, bramido só.
Só eu sigo
nesse nó em que tudo que foi virou pó
É pelo vento
soprado sem dó.
Eduardo Andrade
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