Em meio a
tanta chuva
Quase me
afoguei
Diante as
tormentas
Que se
constituíam
No horizonte
da vida.
Durante anos
enxergava
Somente
neblinas,
Rios inconstantes,
Montanhas a
cada instante,
Assim em
meio à tempestade,
Fui
desorientado
Com olhos
mareados
Bambeando a
cada passo dado.
Quão densa era
a floresta
Em que as
horas, minutos e segundos
Foram
eternidades constantes,
Por onde
caminhei ofuscado
Diante as
brumas do passado.
Entretanto a
vida não pode ser vivida
Somente em
momentos de neblina,
Não pode ser
só recanto de tormenta
Em que se
perde a paz em busca de um cais.
Agora que a
vida floresce em minhas esquinas,
Observo um
horizonte de sol constante,
Percorro em
direção a uma campina,
Me desfaço
dos olhos mareados,
Não caminho
mais ofuscado
Nas sombras
daquele passado.
O presente
vivo em seu instante
Deixando o
que foi em algum lugar da estante.
Olho para
frente com sorriso no semblante
Sabendo que
o que ficou para trás não volta mais
Sem me
importar se vou encontrar um cais,
Pois vivo a
vida e nada mais.
Eduardo Andrade
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