segunda-feira, 8 de julho de 2013

Saudade

Saudade
Que dói,
Que destrói
Esse corpo
Que se corrói,
Se corrompe
A cada instante
Em que fico longe
De seu semblante.

Saudade
Que oblitera alma,
Que afoga os olhos
Na consequência da lembrança,
Na resignação dessa distância
Em que nos encontramos
Nesse estado de discordância,
Onde somos apenas a sombra
Daquilo tudo que fizemos numa cama.

Saudade
Que dura até mais tarde,
Vara a noite pela madrugada,
Invade o dia deixando vontade
Entra pela tarde levando a risada,
Saúda a noite com a cara amarrada,
Amargurada pelo vazio noturno
Que nos acompanha quando o sono
É perdido pela saudade que berra aos ouvidos.

Eduardo Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário