De tanto
amar o amor em que te amo
Amei-te sem vírgula,
nem ponto.
De tanto ser
teu amei o seu colo
No silêncio de
nosso desencontro.
De tanto
amor esqueci meu sono
Naquele invariável
sonho.
Escrevo teus
olhos no meu conto,
Exalto tua boca
em meu canto.
De tanto
amor fiz na dor meu exílio,
Agora que
sou não ator do seu sorriso
Resta-me contemplar
o que não foi esquecido,
Amar o amor
que continua seguindo.
De tanto
amar fez-se mar no amor
E nessa
imensidão desencontrou-se o amor
Perdido na
variação da maré dum oceano sem cor
Regado de
amor e saudade, pranto e dor.
Eduardo Andrade
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