Foi tempo
perdido com tempo
Esquecido em
prosas de todas as horas,
Foi momento
sem momento
Sumido no
zumbido de um grito,
Foi tudo
aquilo que não é isso
Que agora
não faz parte de nossa causa,
Foi tanto
que agora é pouco,
É escasso
aquele sorriso ensolarado.
Agora que o
que sobrou foi nada
Fecho meu
peito, trancafio minha alma,
Já não sei
amar desaprendi aprendendo,
Me perdi
procurando o que poderia ser
E o que
encontrei foi um conjunto vazio
Onde não existo,
onde tudo é triste,
Nele estou
fazendo minha morada,
Residência
erma de um sozinho.
Andei por
galpões repletos de pretérito
Pude ver,
mas não entender
Seus olhos,
seus cabelos, vossa boca, teus seios
De tanto
passado transcorrido já não compreendo
Sua nova
figura que se configura em minha fronte
Diante de
tanta incompreensão afogo-me
Em qualquer
esquina que sirva doses de subvida
Que
alimentam essa minha sina.
Queria
finalizar com o fim dessa dor
Fazer de mim
o ator do teu amor,
Mas na vida
nem tudo se faz com vida
Existência
pode-se escrever com agonia,
A dor
caminha junto com a alegria.
Sem mais nem
menos vou com vento,
Seca minhas
lágrimas o relento,
Sou apenas
um sem momento.
Eduardo Andrade
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