segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Não houve tempo

Não houve tempo
Para que pudéssemos
Construir um momento,
Sendo assim, tu e eu,
Quebramos a lógica do tempo
Fizemos eternidade em dias,
Achamos o infinito nas horas
Para que pudéssemos amarmo-nos
Sem a aflição dos ponteiros.

Não houve hora
Suficiente para nós,
Éramos dois desafiando o tempo,
Extrapolando os limites dos segundos.
Transpusemos as barreiras dos minutos
E lançamo-nos em uma jornada,
Numa alameda onde caminhamos contra o tempo,
Somos nós os senhores dos ponteiros
Soberanos de nossa própria hora.

Não houve tempo
Dentre os ponteiros,
Mesmo assim,
Nosso amor se fez nas frações das horas.
Não foi para nós, o tempo, uma barreira,
Fui um curto infinito
Onde iniciamos nossa história.
Superamos o tempo
Para atrasar o caminhar dos ponteiros.

Não houve tempo
Para nosso querer
Entender o percorrer das horas.

Eduardo Andrade

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