Agora
Distante
Num instante,
Na estante
Guardei teus
olhos,
Entre as
poesias
Num livro
Junto ao
poeta
Deixei teu
sorriso.
Agora
Distante
Sem nem um
instante,
Sem teus
olhos na estante,
Nem seus
sorrisos
Junto aos
livros do poeta.
Procuro teus
cabelos
Junto ao travesseiro,
Não sito seu
cheiro.
Em vão
Busco tua
flor
Não encontro
o teu calor
No vão entre
a cama e o colchão.
Querida
Não te
encontro
Na poesia da
estante
Não te vejo
junto ao poeta,
Nem na
fronha de minha cama.
Em vão
Encontro-me
no vão,
Busco com os
olhos
Os teus
cachos,
Percorro atrás
de teus beijos.
Em vão
Procuro no
vão
O sabor da
tua boca,
Tudo em vão.
Agora
No vão
Entre os
livros
Distantes
num instante,
Ausentes na estante,
Te realizo
Na poesia
que grita,
Te encontro
Somente em
sonhos.
No vão
Entre os
livros,
Na poesia
que grito,
Nessa hora
Não encontro
teu sorriso.
Agora
Procuro teus
cachos,
Tateio seus
cabelos
Em vão.
Te espero
No vão
Entre a cama
e o colchão,
Nunca em vão.
Agora
Espero a
hora
Em que bato
em tua porta
E te levo comigo
Mundo afora.
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