domingo, 3 de novembro de 2013

Noite sem lua

Foi sombria à noite sem lua,
Vazia foi a rua sem seus astros
Fez-se penumbra no logradouro do povo.
Foram anos de sono confuso
Décadas em que o grito era um suspiro,
Foram noites sem noites,
Foram luas sem luas,
Foi povo sem povo.

Agora que a noite já não é vazia
Que as ruas têm seus astros,
Faz-se alvoroço no logradouro do povo,
Despertou do sono o grito que é berro
Décadas de rebeldia por vir.
Serão noites com noite,
Serão luas com lua,
Será povo com povo.


Eduardo Andrade

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