terça-feira, 26 de novembro de 2013

Nosso tempo

Qual o tempo para que ocorra o amor,
Com quantos dias, meses ou anos
Pode-se construir a beleza de um cravo,
A paz de uma açucena serena?
Talvez seja o amor um sentimento sem tempo
Que se constrói numa harmonia
Onde se embaralham nossos ponteiros,
Não cabem nele os minutos, os segundo, nem as horas.
Portanto, se faz amor no momento em que duas bocas
Encontra-se em uma dança louca,
Em movimentos que transformam o momento
Num espaço que se sobrepõe ao tempo.
O que construímos em horas
Pode durar anos e anos,
Continuar em um mundo
Onde o que somos é o retrato de nosso afago.
Quero que esse tempo de agora seja
O começo de um momento em que não aja tempo
Sejamos eu e tu um amor atemporal
Sem ponteiros, só beijos,
Um amor que se fortalece na distância,
Que se engrandece em nossa vontade
De sermos o que podemos ser.
Não quero ser o senhor do teu tempo
Quero apenas ser teu amor,
Seu namorado sem tempo
Que segue contigo
Independente de espaço e tempo.   


Eduardo Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário