Sangrou a
terra,
Por 500 anos
A terra
sangrou.
Foi sangue
de ouro
Sangue de
cana,
Foi sangue
de café
Sangue de
borracha
Foi tanto
sangue,
Que a terra
se tornou rubra
E o germinal
de tanto sangue
Foi uma
alvorada vermelha,
O despertar das
Ligas Camponesas.
Fez-se
rebelião no latifúndio,
Reverbera-se
pelos cantos
Um grito que
era mudo,
Grita a
terra à liberdade que se espera,
Berra o
lavrador na contenda pela terra.
Levanta-se o
camponês
De punho
erguido
Levando
consigo
A rubra
bandeira
Daquele
sangue
Que germinou
toda colheita
Colhida numa
rebelião camponesa.
Peleja o
lavrador,
Não recua
diante tanta bala
Morre a cada
batalha,
Renasce a
cada jornada.
Forja e é
forjado
No campo em
que trabalha,
No campo em
que batalha.
O camponês,
Já não aceita mais sua mortalha
O camponês,
Levanta-se
com o sol da alvorada.
Eduardo Andrade
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