Venho através
deste poeminha,
Minha amada,
Falar-te em
palavra embaralhas
A quanto
anda minha saudade.
Amada minha,
Com quantas
palavras posso escrever saudade?
Não cabe
poesia nessa falta tua,
Mesmo assim,
extraio dela
Alguma forma
de texto
Onde apenas
despejo
Sobre estas
linhas o meu desejo
Sem forma,
nem fôrma.
Somente falo
desta saudade de agora
Que insiste
em bater em minha porta,
Todo hora me
aparece essa palavra única
Com seus
cantos, com seus prantos.
Não vejo se
quer a sobra de teus seios,
Apenas viajo
dentro de uma imagem,
Sem seus
beijos e nem teu queixo.
Construo minha
lógica numa afirmação constante
De que te
adoro
Sem nenhuma
explicação,
Sem nem
mesmo noção.
Apenas te
adoro
Numa realidade
paralela
Onde não
somos distantes,
Uma verdade
de estante
Perdida num
instante.
Isso tudo
são palavras de saudade
Que se
desfazem
Quando olho
em teus olhos,
Beijo o seu
beijo,
Quando serena
Dormi em meu
peito.
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