sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Minha saudade

Venho através deste poeminha,
Minha amada,
Falar-te em palavra embaralhas
A quanto anda minha saudade.
Amada minha,
Com quantas palavras posso escrever saudade?
Não cabe poesia nessa falta tua,
Mesmo assim, extraio dela
Alguma forma de texto
Onde apenas despejo
Sobre estas linhas o meu desejo
Sem forma, nem fôrma.
Somente falo desta saudade de agora
Que insiste em bater em minha porta,
Todo hora me aparece essa palavra única
Com seus cantos, com seus prantos.
Não vejo se quer a sobra de teus seios,
Apenas viajo dentro de uma imagem,
Sem seus beijos e nem teu queixo.
Construo minha lógica numa afirmação constante
De que te adoro
Sem nenhuma explicação,
Sem nem mesmo noção.
Apenas te adoro
Numa realidade paralela
Onde não somos distantes,
Uma verdade de estante
Perdida num instante.
Isso tudo são palavras de saudade
Que se desfazem
Quando olho em teus olhos,
Beijo o seu beijo,
Quando serena
Dormi em meu peito.

Eduardo Andrade

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