domingo, 1 de dezembro de 2013

Nossa Pátria

Fundaste tua república em meus olhos,
Não foi necessário mais do que dias
Para que conquistasse esse território inóspito
Onde fincaste tua flamula de triunfante.
Agora que vivo sob teu domínio
Tenho na tua íris meu cais,
No teu colo meu porto de paz.
Fundei minha pátria em teus cachos,
Compartilhei com sua boca minha cultura
E juntos nossos lábios criaram uma nova nação
Para que pudéssemos nos amar
Mesmo diante da imensidão,
Mesmo de fronte ao abismo.
Unimo-nos em uma única república,
Somos nossa própria pátria.
Não existem mais fronteiras
Entre minha poesia e tua cabeleira,
Unificamos nossos territórios
Em um tratado de amor contínuo.
Tocamos os sinos,
Invertemos os sentidos,
Espalhamos pelo mundo
Nosso grito, nosso suspiro.
Agora somos súditos
Desse amor que construímos.

O querer onde queremos um ao outro
É o principio básico de nossos fundamentos,
A lei que alimenta os beijos,
Incendeia cama e fronhas,
Rebela a pátria dos teus cachos
E insurge minha poesia.
Companheira nessa luta nossa;
Deitemos sobre a mesa
Sem nenhuma soberba,
Sejamos a sobremesa
Que adocica nossa comarca,
Expande antigas marcas.
Amor, fundemos nossa região,
Edifiquemos nosso Estado
Onde nos amamos
De acordo com o que somos.

Eduardo Andrade

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