A vida passa
na poeira que vai,
Vai além do
que não é mais.
A poeira voa
e some junta a vida que passa
É tudo
terra, tudo se esvai em terra
Teu sangue,
tua carne
Nada mais do
que poeira
Que o vento
leva
Deixando de
ser o que era.
Tudo passa
diante a vida
A vida passa
por ela
Mas você não
passa,
Só continua
De olhos
vidrados
Diante tua
tumba.
Esquece o
mundo
Que roda e
roda,
Mas você não
roda,
Não gira
junto com ponteiro
Apena se prostra
diante tua hora.
Sempre de
costa
Para o momento
que é agora,
No fronte nunca
encara tua alma.
Em muitos
momentos se perdeu
Junto à
poeira do tempo,
Ante ao medo.
Foram réplicas
do que não era,
Cópias de
cópias,
Todas sem
data e nem hora
Jogadas ao
vento,
Comidas pela
terra.
Agora já era
Tua vida
esvai na terra,
Tua voz é nó,
Apenas espera
Pela vida
que não espera,
Que era
Nesse momento
em que cruza as pernas.
Mais um
minuto, muito mais segundos
Perdestes as
pernas
Numa sala de
espera.
Agora que
fecha teus olhos
Torna-se
poeira
De baixo da
esteira.
Sonho de
poeira,
Vida na
esteira,
Tudo passa
Junto com a hora
Que empurra
a vida
Sempre adiante,
Sempre distante
Daquela
estante
Onde guarda o
instante.
Não posso
mais ir adiante
Perdi agora
o meu instante.
Deixo assim,
Minha vida
na estante
Para quem
queira,
Talvez quem
sabe,
Entender meu
momento
Nesta estante.
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