domingo, 1 de dezembro de 2013

Tua República

Na hora em que se fez em mim
Cravaste em meu peito
Tua indômita bandeira de conquistadora
E nele fez tua morada,
Desde então vivo na república de teus cabelos,
Onde me perco em seus cachos
E me encontro no teu laço.

Tua rebelde cabeleira
Fez poema no meu canto,
É o bem que me faz bem.
Tua presença assim como sua ausência
São aromas proporcionalmente inversos.
Não existe lógica para nós,
Sejamos a medida de nosso amor desmedido,
Façamos a medida do que não pode ser.

É na tua forma, e só nela, onde encontro encanto,
Com você fiz o canto do conto sem pranto.
Tua geografia e minha poesia,
Lógica sem sentido,
Palavra sem termo.
Somos um no outro,
Somos um para o outro.

Eduardo Andrade

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