sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Na curva do rio


Foi sol e lua
Numa estrada de curvas
Contornando uma baía
De águas verdes escuras,
Foi um momento
Entre eu e uma poltrona vazia,
Uma beleza só minha
Que meus olhos observaram mudos.
Uma estrada para Santos
Com destino à Paraty,
Um mar aberto ao oceano,
Uma vida aberta a vida.
São muitas as curvas do rio
Até que suas águas cheguem ao mar,
São quantas as curvas
Para que a vida se torne vida?
Eu na beira do rio,
O rio na beira comigo
É só um momento
Onde sozinho me contento
Eu e eu contemplando o silêncio
Nada mais,
Mais nada.
Eu só na curva do rio
Só eu na beira do mar
Lembrei-me de momentos de vida
Quando o rio encontra o mar,
Devaneios de vida
Que fazem curva ao mar.


Eduardo Andrade

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