Recorto essa
solidão
Espalho-te em
retalhos,
Embaralho o
passado
Para que não
mais viva em mim.
Há um mundo
de ilusão
Onde a
realidade é abstrata
É inventada
com a cor das nossas horas,
É borrada
com lágrimas que choram.
Fotografias
de teus dias
Vejo-as
caído
Procurando
algum sentido
Na palavra
bem amada,
Busco teus
vestígios
No doce do
paladar
Já esquecido
no zumbido,
Sem mais
horas,
Sujo com
coisas do passado
Procuro um
rio
Onde possa
me lavar de teus pretéritos
Para deixar
ir
Tua essência,
Tua ausência,
Para deixar
vir
O que tiver
de vir.
Aprendi a ir
Para onde
quero
Sigo sozinho
e de chinelo,
Guardo de ti
somente os versos
Vou num rumo
criado no instante
Não vivo
mais uma vida de estante
Vivo a vida
que deve ser vivida
Na beira dum
rio, nas ondas do mar.
Edificamos
nossos sonhos
Em terrenos
distantes
Fizemos
nossa morada
Na hora
errada,
Temos nossos
caminhos
Agora sigo o
meu,
Agora segue
o teu
Talvez algum
dia
Diga-lhe
adeus.
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