quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aquela casa

Aquela casa vazia,
E ainda viva.
Uma casa
Andava por suas partes,
Estranhava-me,
Mas era ali minha casa
Sentia que de alguma forma
Aquela casa vazia
Era um porto seguro,
Uma parte minha
Que nem sabia.
Passei por seus quartos
E em cada um rolei
Por suas camas,
Fitei-me no espelho do banheiro,
Na sala observei a vida da casa,
Pelos corredores observei
Quadros e retratos,
Na cozinha o amor virou comida.
Essa casa não é minha
Nem ao menos conheço,
Mas sempre que entro
É o mesmo sentimento;
Um lar desconhecido,
Uma residência anônima.
De olhos abertos
Entendo que tudo
Não passou de um sonho
Até a casa que vejo.


Eduardo Andrade

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