O Rio em
revolta
Matam um
pobre
A cada hora,
O Rio chora
Lágrimas de
revolta,
Indignado e
rebelado,
Comprimido
em suas margens,
Oprimido em
suas lajes.
O Rio
vermelho
Desce por
vielas
Ele desce a
favela
Fecha a rua,
Inunda pista
E faz tempestade.
O rio
revolto
O Rio
revoltoso
Moradores rebelados
Só eles
entendem
O peso do
Estado.
Eduardo Andrade
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