Caminho comigo
pelo mundo
E tenho minhas
costas carregadas,
Amontoadas
com as dores do mundo,
São tantas
que meu tronco enverga-se,
Não cabem em
mim todas essas agonias
Que fazem da
noite ainda mais gélida,
Que fazem da
vida uma triste comédia
Todas essas
dores fazem parte da bagagem que levo
Caminham comigo
para que nunca esqueça
O peso que
carrega o mundo
Nessa jornada
onde somos nossos próprios lobos,
O mal que
causa o mal do homem,
A fome que
cega os olhos,
O árido que
seca a boca e esgota a terra.
Portanto deixo
as dores do mundo
Em cada
linha que escrevo,
Talvez assim
alivie esse peso
E faça dele
uma poesia
Onde transcreva
toda essa agonia vivida
Num conto de
um ombro
Que carregou
e escreveu
As dores do homem.
Eduardo Andrade
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