sexta-feira, 23 de maio de 2014

Poesia Cotidiana

Minha poesia é cotidiana,
É isso tudo que passa despercebido
E nossos olhos desdenham,
Minha poesia é isso tudo que é miudeza
Aquelas coisas que completam lacunas,
É uma pequena forma de existência
Um café quente, um bolo de outro dia,
Um beijo ao acordar, um carinho após o jantar,
São essas pequenas grandezas
O enredo da vida que escrevo.
Minha poesia é isso;
Um pecado corriqueiro,
A trama de todos os dias,
Qualquer coisa que possa ser termo.
Minha poesia é cotidiana
Faço na cama e tempero na cozinha,
Nas ruas em noites de lua,
De frente ao mar,
Em qualquer montanha
Que possa pensar.
Tudo o que escrevo
É isso e aquilo,
Minha poesia é o nada que existe
É o que existe e nada mais.


Eduardo Andrade

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