Sem nenhuma
soberba
Sangraram a
pele,
Transformaram
a noite em dia,
Humildemente
deixaram
A glória
para os livros de história,
Deixaram os
nomes
Para terem todos
os nomes.
Do fundo do cárcere
Mantêm-se
firmes
Os companheiros
sem alcunha,
Anônimos,
No anonimato
jogados
Com orgulho
erguido
Junto ao
punho.
Caminham altaneiros
Companheiras
e companheiros
Lutam silenciosos
Sem casa,
sem hora de sono,
Apenas continuam
Pisam firme
a vida
E diante
dela
Firmes continuam,
No silêncio
da madrugada
Propagam a
liberdade
Na palavra
sussurrada,
Na solidariedade
prestada.
Encarcerados
ou perseguidos,
Rígidos continuam,
Não se
envergam
Com a ventania,
Humildemente
Continuam combatentes.
Eduardo Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário