Sou poeta
das palavras mudas
Faço minha
poesia no silêncio
Da sentença
que cala,
Com o termo
que chora sentido
E rasga no
peito a ferida da vida.
Construo minhas
palavras
Com o
sentido do silêncio,
Na amargura
duma noite escura,
Talvez por
isso seja minha poesia
Um apinhado
de palavras
Que não
podem ser ditas,
Existem somente
como grafia
Pois a
pronunciação da palavra
É a
materialização da dor.
Nada sei
sobre o som,
Apenas entendo
as palavras
Que morrem na
boca
Para que no
papel
Renasçam como
poesia.
Afinal não
faço poesia com som,
Faço-a no
limiar do silêncio,
Na plenitude
do vazio
Onde as
palavras florescem
E os
sentidos gritam aos ouvidos.
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