quarta-feira, 8 de abril de 2015

Lá no alto

Vou numa trilha
Até uma escada
Que leva toda dor
Junto com o vento.
Do cume olho o céu
E lá me vejo do lado oposto,
Enxergo tudo que escondo
Dentre as páginas da vida,
Mas para isso devo seguir
Nessa trilha que me chama.
Vou com meus passos
Entendendo cada tombo,
Subindo junto às nuvens.
Bem próximo ao céu
Liberto toda a dor,
Junto ao firmamento
Meu pranto não será
Lágrimas absurdas
E quando a chuva cair
Molhando meu rosto
Sentirei que minha dor
Rolará junto às pedras
Na queda duma cachoeira,
Então meus amigos,
Liberto-me
Lá no alto,
Naquela montanha
Chamada vida,
Onde a sombra
Não pode ser
Maior que a alma.

Eduardo Andrade

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