No dia oito de maio de 1945 o mundo conheceu uma nova cidade,
nesse dia souberam as pessoas que lá longe, em terras de gelo e fogo, construiu
o homem um novo significado para a vida, lá nasceu à vitória da humanidade
sobre a sombra que cobiçou o mundo. A liberdade depois daquele oito de maio, há
setenta anos, ganhou novo significado, hoje quando pensamos em liberdade,
devemos gritar bem alto Stalingrado, devemos reverenciar a cidade que sangrou a
si própria para que o mundo não tombasse sobre a ordem do medo. Lembremos
sempre do exemplo dado pelos nossos irmãos russos, ao mostrarem para o mundo,
que somente com a unidade que surge a primavera, que não existe destino que não
possa ser transformado pela mão criadora da humanidade. Hoje quando assistimos o
crescimento, mesmo que discreto, das ideologias de direita devemos lembrar que
há 80 anos o fascismo e o nazismo não passavam de uma meia dúzia de bestas, que
financiadas e apoiadas por uma elite temerosa, saíram de meia dúzia de gatos
pingados e tomaram quase que o continente europeu por inteiro. Foi nesse
momento que uma cidade ensinou a todo o mundo como que se escreve a palavra
liberdade, mostraram que não podemos escrevê-la com tinta óleo ou tinta guache,
é com sangue que se escreve liberdade e foi com ele que Stalingrado e seu povo
desenharam o retrato daquela vitória, foi assim que escreveram essa palavra que
tanto amamos. A liberdade não é um artefato que podemos comprar em qualquer
loja de conveniência, não é tão fácil tê-la, como querem os que hoje governam o
medo. Stalingrado mostrou-nos que mesmo dentre os escombros de concreto e corpos,
mesmo entre ossos quebrados e metal retorcido, a humanidade se faz mais forte
que bombas e tanques, aprendemos com a URSS e seu povo que nada é impossível para
quem almeja a liberdade. Hoje depois de setenta anos de tua vitória, hoje
depois de sete décadas da derrota do exercito do medo, todas as cidades
do mundo relembram seu ato de heroísmo e humanidade. Não deixaremos que tua
história padeça diante a poeira do tempo e tão pouco morrerá ela diante as mentiras,
Stalingrado e sua história, tornar-se-ão tão eternos quanto à liberdade.
Eduardo Andrade

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