quarta-feira, 6 de maio de 2015

Para sempre Stalingrado


No dia oito de maio de 1945 o mundo conheceu uma nova cidade, nesse dia souberam as pessoas que lá longe, em terras de gelo e fogo, construiu o homem um novo significado para a vida, lá nasceu à vitória da humanidade sobre a sombra que cobiçou o mundo. A liberdade depois daquele oito de maio, há setenta anos, ganhou novo significado, hoje quando pensamos em liberdade, devemos gritar bem alto Stalingrado, devemos reverenciar a cidade que sangrou a si própria para que o mundo não tombasse sobre a ordem do medo. Lembremos sempre do exemplo dado pelos nossos irmãos russos, ao mostrarem para o mundo, que somente com a unidade que surge a primavera, que não existe destino que não possa ser transformado pela mão criadora da humanidade. Hoje quando assistimos o crescimento, mesmo que discreto, das ideologias de direita devemos lembrar que há 80 anos o fascismo e o nazismo não passavam de uma meia dúzia de bestas, que financiadas e apoiadas por uma elite temerosa, saíram de meia dúzia de gatos pingados e tomaram quase que o continente europeu por inteiro. Foi nesse momento que uma cidade ensinou a todo o mundo como que se escreve a palavra liberdade, mostraram que não podemos escrevê-la com tinta óleo ou tinta guache, é com sangue que se escreve liberdade e foi com ele que Stalingrado e seu povo desenharam o retrato daquela vitória, foi assim que escreveram essa palavra que tanto amamos. A liberdade não é um artefato que podemos comprar em qualquer loja de conveniência, não é tão fácil tê-la, como querem os que hoje governam o medo. Stalingrado mostrou-nos que mesmo dentre os escombros de concreto e corpos, mesmo entre ossos quebrados e metal retorcido, a humanidade se faz mais forte que bombas e tanques, aprendemos com a URSS e seu povo que nada é impossível para quem almeja a liberdade. Hoje depois de setenta anos de tua vitória, hoje depois de sete décadas da derrota do exercito do medo, todas as cidades do mundo relembram seu ato de heroísmo e humanidade. Não deixaremos que tua história padeça diante a poeira do tempo e tão pouco morrerá ela diante as mentiras, Stalingrado e sua história, tornar-se-ão tão eternos quanto à liberdade.


Eduardo Andrade

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