terça-feira, 5 de maio de 2015

Sem sentido

Todas aquelas poesias
Hoje tão vazias
Peças intocadas,
Todas suas palavras
Estão diante de mim
Como um dia você esteve.
Agora tudo que escrevi
Perdeu o sentido,
O que fomos foi tudo,
Minhas palavras se perdem
Diante tantas imagens desbotadas
Tornaram-se agridoce
Marcando minha poesia,
Demarcando tudo que sou
Nesse vazio que se tornou o amor.
Folhas vazias e retratos borrados,
Tudo que foi não é mais,
Aprendemos com o silêncio
As palavras que curam a alma,
Que amargam a boca
E criam uma nova perspectiva
Para uma nova poesia.
É a vida que segue
Para um novo horizonte
Transformando antigas palavras
Em palavras novas,
Ressignificando o sentido das coisas
Para que a vida não perca suas cores
E tão pouco faça do amor
Um calabouço de pretéritos
Que insistem em ferir a alma.
Abro meus olhos para mim
E agora aquelas palavras
São apenas minhas
Compõe a poesia
Da vida que continua.


Eduardo Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário