Hoje estão exumando a poesia.
Sim, envenenaram o poeta,
Mas nunca sua poesia,
Mataram seu corpo,
Mas nunca sua arte.
Hoje o mundo descobre
Que os ditadores também
Perseguem a poesia e seus poetas,
Hoje descobrimos que um Pablo,
O grande Neruda,
O poeta do Continente rebelde
Foi para sempre calado por um
Golpe ianque, que não só arrancou
A soberania e a vida de seu povo
Como tentou calar a poesia e o seu poeta.
Hoje choro lágrimas de Matilde,
As lágrimas de um continente
Que chora por terem posto
Um fim venenoso na vida do poeta,
Mas hoje estamos felizes,
Pois não puderam,
Os algozes do poeta,
Matar a poesia nerudiana.
Não podem calar palavras
Que cantam rebeldia,
Não podem conter o amor
Em forma de 100 sonetos,
Não podem conter As uvas e o vento.
Que ingênuas foram as bestas ianques achando
Que poderiam findar a primavera
Matando o poeta.
Hoje nosso canto geral
Ecoa um único nome,
Uma única poesia,
Hoje somos todos
PABLO NERUDA.
Das fronteiras
Do México rebelde
Até o extremo sul
Da profunda patagônia
Te saudamos poeta do povo,
Perpetuamos vosso nome
Através de vossa poesia libertaria,
Continuaremos tua luta
Com nossas poesias,
Levaremos vossa rebeldia
Em nossas almas
Para que nunca morra
Poeta dos amores.
Hoje após a exumação
Do poeta descobrimos
O quão é eterno sua poesia,
Por isso deixamos em tua fronte,
Poeta camarada,
Um beijo,
Uma espiga
E a estrela de todos os povos.
Te amamos!
Eduardo
Andrade

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