Proponho um diálogo
Entre o que ama e o que é amado,
Um diálogo de bocas caladas,
De olhos falantes,
De ouvidos sedentos
Por uma palavra não dita.
Sugiro olhares cegos
Entre quem ama e o que é amado,
Exijo lábios de palavras verdadeiras
Que machuquem o ego e a alma,
Que não engane com os olhos enganam.
Quero momentos críticos de verdades escondidas
Entre quem ama e quem não corresponde,
Ordeno olhos lacrimejados,
Pensamentos perdidos
Sentimento ferido.
Cabe a quem não ama
Por fim na ilusão de quem ama,
Pois quem ama não vê realidade,
Vê sim fantasias de ilusão
Onde nada existe e tudo é possível.
Portanto hoje declaro o dia
Dos amores não amados,
Dos amores mal amados,
Dia de quem sofre calado
As dores dos amores.
Hoje é seu e meu dia
De nós amantes sem amantes.
Eduardo Andrade
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