Meus olhos
Silenciosamente
Gritam vosso nome,
Gritam em lágrimas
Esse amor calado.
Meus olhos
Insistentemente,
Inexoravelmente
Procurarão os seus,
Pois neles estão
Meus olhos,
Meus sonhos,
Uma parte
De minha vida.
Sim, carregas
Nesses teus olhos
Tão majestosos,
Tão soberanos
Minha vida.
Teus olhos
São como duas
Luas negras
Que orbitam
Os meus olhos.
Entre nossos olhos
Existe um magnetismo
Que constantemente
Os aproxima um do outro
Que de forma sorrateira
Põe-nos em uma
Sintonia harmônica,
Em um espaço sem tempo,
Em um tem já sem espaço.
Agora que teus olhos
Já não orbitam
Em volta dos meus,
Eles berram teu nome,
Pedem vossos olhos,
Vivem em um mar
De lágrimas sufocadas
Por não terem novamente
Vossa magnitude de magnólia,
Por não terem mais
Suas luas negras.
Agora andam perdidos
Sem suas majestades,
Sem minha soberana
De olhar doce
Qual mel celeste.
Eduardo
Andrade
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