Ficaram palavras
presas na garganta
Estacionadas
ali ficaram
Deixando de
ser palavra,
Tornaram-se
meias palavras
E quanto
mais ali ficavam
Menos eram
palavras
E assim
todas as palavras
Que tinha em
minha garganta
Deixaram de
ser termo.
Transformou-se
Garganta em
garagem
De palavras
mortas,
De palavras
que não são mais palavras.
Restou apenas
Um amontoado
de meias palavras
Desprovidas
de seu sentido,
De sentimentos
confundidos.
Agora que
somente carrego
Resquícios de
palavras na goela,
Já não tenho
mais nada a dizer,
Resta-me
apenas o silêncio.
Eduardo Andrade
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