quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Como se fosse um drink

Entrelaçados dançamos
Ao ritmo frenético dos nossos corpos,
Sem qualquer pudor
Destrinchamos nossas roupas.
O fogo nos consome,
Lentamente queimamos.
Da fogueira somos labareda.
Suas unhas dançam em minhas costas
E desenham em minha pele
A escala do teu grito.
Minha boca arde com teu beijo
Suados respingamos prazer.
Unidos e em combustão
Nosso fogo extingue nossas fronteiras.
Minha língua faminta lambe seu íntimo.
Como se fosse um drink
Provo o teu gozo.
Quero dançar contigo,
Me queimar no teu fogo
E continuar queimando.

Eduardo Andrade

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