“Se um dia quiseres
Amar-te-ei,
Se um dia deixares
Serei teu.
Mas amiga minha
Não feche,
Não se feche
Para mim.”
Desde que foste embora,
Que para longe se foi
Conservei sua imagem
Em minhas retinas,
Em minhas lembranças.
Guardei o seu olhar,
O gosto doce dos seus
lábios,
Sua alma simples e
lutadora
Que me cativa e
encanta.
Quando se foi
Ausentou-se uma amiga
Um amor
Uma parte de minha
vida,
Uma continuidade de
minha luta.
Pensava em sua vasta
cabeleira,
Em seu corpo, suas
curvas,
Curvas de um rio
sinuoso,
Seu colo que nunca fiz
cama,
Seus braços que nunca
fiz casa.
E de tanto pensar
Um dia voltou,
Não para ser minha,
Mas voltou
e consigo trouxe
a minha dúvida,
o meu desejo,
a vontade esquecida.
Um dia quem sabe,
Talvez me veja
Com dúvida,
Desejo e vontade.
Um dia talvez
Minha presença,
Assim como a sua,
Crie em ti
O mesmo que em
Mim se criou
Amor, amor, amor,
Amizade também,
Amor sempre!
Amiga que tanto quis
amante
Entra em minha vida
Como bonde
Derrubas certezas,
Levantas incertezas.
Deixa o rastro de sua
cabeleira
O rastro de seu olor
Do doce mel de seus
lábios
Povoa minha existência
de vida,
Caminhas junto a mim
Nessa estrada que
também é sua.
Eduardo Andrade do
Nascimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário