Estava em casa
descansando,
Curando o coração de
mágoas
Anteriores que
incomodavam a alma
Deixando o peito triste
e pequeno.
Até que como um
presente que do nada veio
E para o nada se foi,
Aparece-me sua figura
cheia de beleza e emoção,
Com olhos doces me
olhaste e com teu olhar
Abriste em meu peito o
caminho, a trilha
Para que entre em meu
coração
E como uma desbravadora
Percorreu caminhos
sinuosos e cheios de espinhos,
E mesmo sem querer,
Ganhou meu peito e nele
fincou sua bandeira
De conquistadora.
Agora para sempre terei
em mim
Sua marca de fogo
dilacerando meu peito
Criando nele uma ferida
que não cicatriza,
Que doe a dor de uma
batalha perdida.
Batalha perdida para a
vida
Que da mesma forma que
colocou
Tirou de minha vida,
minha conquistadora.
Não foste para mim
somente
Um dia ou dois
Foste a lança
incendiária
Que acertou minha alma
E com seu fogo
Criou em mim a chama
Chama de vida e amor.
Em um ou dois dias
Foste para mim
Minha eternidade
ausente,
Minha dor presente,
O longo amor de uma
vida
Que se fez em um ou
dois dias.
Um ou dois dias
Dois ou um dia
A ordem tanto faz
Pois o que se faz em um
ou dois dias
Não pode ordem ter
E nem explicado pode
ser
Foste um ou dois dias
Que se eternizaram em
meu peito
Transformando dois ou
um dia
Em eternidade.
Eduardo Andrade do
Nascimento

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