segunda-feira, 30 de abril de 2012

Muito mais que dois dias


                                                          
                                                      

Estava em casa descansando,
Curando o coração de mágoas
Anteriores que incomodavam a alma
Deixando o peito triste e pequeno.
Até que como um presente que do nada veio
E para o nada se foi,
Aparece-me sua figura cheia de beleza e emoção,
Com olhos doces me olhaste e com teu olhar
Abriste em meu peito o caminho, a trilha
Para que entre em meu coração
E como uma desbravadora
Percorreu caminhos sinuosos e cheios de espinhos,
E mesmo sem querer,
Ganhou meu peito e nele fincou sua bandeira
De conquistadora.
Agora para sempre terei em mim
Sua marca de fogo dilacerando meu peito
Criando nele uma ferida que não cicatriza,
Que doe a dor de uma batalha perdida.
Batalha perdida para a vida
Que da mesma forma que colocou
Tirou de minha vida, minha conquistadora.

Não foste para mim somente
Um dia ou dois
Foste a lança incendiária
Que acertou minha alma
E com seu fogo
Criou em mim a chama
Chama de vida e amor.
Em um ou dois dias
Foste para mim
Minha eternidade ausente,
Minha dor presente,
O longo amor de uma vida
Que se fez em um ou dois dias.
Um ou dois dias
Dois ou um dia
A ordem tanto faz
Pois o que se faz em um ou dois dias
Não pode ordem ter
E nem explicado pode ser
Foste um ou dois dias
Que se eternizaram em meu peito
Transformando dois ou um dia
Em eternidade.

Eduardo Andrade do Nascimento 

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