sábado, 16 de junho de 2012
SOBRE O POEMA QUE NÃO LHE MOSTREI
Ontem escrevi em páginas confusas
Um estranho sentir que nasce aqui
Mas não posso entregar-te meus loucos versos
Pois não quero que entendas o que existe
Para ser entendido, não, não quero.
Sim quero que leia meus versos
Quero que entenda meus gestos,
pois são sinceros, são belas palavras
são verbos abertos, modestos, majestosos
a uma pessoa amada, bem amada.
Por isso leia e não leia meu poema para ti
Leia mas não entenda e se entender finja
Que não leu, não quero que entendas e
Nem que compreenda o que se passa
Insanamente em minha mente quando
Penso em escrever para ti um poema.
Sim escrevi para ti um poema secreto
Pois escrevi sobre ti sentimentos sinceros.
Mas não se apoquente, pois são clandestinos
não somente os versos transcritos
Em forma de poema, não e não, pois o anseio
Por ti é um mar subterrâneo dentro de mim.
Um dia quem sabe terei coragem de mostrar-lhe
Meu poema secreto, clandestinos versos de um anseio submerso
Porém irrequieto, transgressor, profanador de minha alma
Submersa em desejo, transbordada de veleidade
Por uma musa por mim conjugada em forma de verbos
Poucos translúcidos que expressão sentimentos ocultos.
Eduardo Andrade do Nascimento.
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