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Hoje coloco em uma caixa
todo meu passado junto a ti,jogo tudo nos arcos do pretérito.
Não quero mais suas recordações,
não quero mais o seu amor,
não me interessa mais sua figura,
hoje quero somente o futuro sem ti."
Um dia achei que seria ao lado teu
que seguiria pela alameda da vida,
que seria contigo que edificaria um lar,
uma história a dois, porém a vida nos mostrou
que amores também seguem trajetórias antagônicas
e assim estou aprendendo que na vida
tudo se constrói e para depois ser desconstruído.
Construímos e desconstruímos nossa história
para que hoje possamos seguir
uma trajetória onde não mais seremos um.
Retas paralelas que por uma incoerência
da vida transformaram-se em convergentes
e que só assim foram, porque assim é o amor, uma incoerência do destino.
Quero jogar ao ar toda a dor,
toda a lamentação, pois a vida
não pode ser feita de lamúrias,
não pode ser canto de lágrimas
e muito menos é um conto de dor,
deve sim, ser o riso, a esperança,
o pranto de alegrias, o gemido do prazer.
Jogo fora o passado para que possa
receber o futuro de braços abertos,
sem resquícios ou lembranças
de ti que não faz mais parte de minha história,
que nunca soube caminhar junto a mim.
Não levo comigo mágoas e nem raivas
Mas carrego em meu peito o amor que vivemos
Pois essa é a herança de nós dois.
Feliz? Ainda não!
Mas leve por estar achando dentre
as verdes e densas matas a trilha perdida,
o caminho deixado para trás.
Mas porque me perdi de minha trajetória?
Porque tenho que andar como um cego
para encontrar o caminho que eu escolhi?
Quando escolhi estar contigo
Abandonei minha alameda,
deixei de lado o que me faz ser eu,
deixei guardado no passado!
Por isso hoje guardo você para sempre
no museu de minha existência,
Guardo somente o que construímos de bom,
de resto jogo tudo no lixo,
pois não quero de ti recordações ruins,
lembranças que pesem em meu coração,
quero somente ter comigo o amor
que junto edificamos.
Hoje coloco tudo em uma caixa,
coloco você, nosso amor e nossa história,
assim faço para que possa seguir em paz,
para que possa novamente caminhar pela trilha por mim aberta e igualmente por mim perdida.
Faço desse conto o meu canto de despedida,
o meu adeus para ti, pois não mais seremos um,
pois não mais caminharemos o caminho comum.
Somes de minha vida, assim como sumo da sua.
Para sempre nunca mais serei teu,
Para sempre nunca serás minha
E assim sempre serei meu!
Eduardo Andrade do Nascimento.

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