sábado, 23 de junho de 2012

A PRAÇA





“A praça, de quem é a praça?
Pertence a quem essa bendita praça?
Pertenceria ela ao povo?”

A praça e o povo,
O povo e a praça.
Juntos constituem
Uma imagem de
Luta e labuta,
Onde até mesmo a puta
Com sua vida curta
(para alguns suja)
Tem o direito de olhar
Para LUA.

Árvores e chafarizes,
Gangorra e balanços,
Terra e concreto
Compõem tua forma
Dura, posto que é rua,
Configuram tua face nua e crua
Onde para além da lua e da puta
Transcorre a curva,
Trazendo com a chuva
O burburinho para
O povo da rua.


                O burburinho quando
Se junta ao povo da praça,
Traz consigo o clamor da puta
E de toda plebe que na praça
Juntos olham para lua,
Nua, com curvas,
Mas que não é minha e nem sua.
Na praça o pequeno grão
De terra caída
Tem em si sentido,
Tem história,
Tem sangue de criança
Que brinca,
Sangue de adulto que luta.

Pois bem, mas de quem é a praça?
Será ela da puta que nua contempla a lua?
Ou será ela de Eike Marinho ou de Roberto Batista?
Não, não, não e não
Ela não pode pertencer a quem oprime o povo
E muito menos aquele que chama de suja a vida da puta.
Pertenceria ela do Presidente, ou seria ela
Dos deputados, senadores e ministros?
Não, não, não e não
Não poderia ser assim, não a poderia ser
Daqueles que de quatro em quatro anos
Enganam o povo com falsas promessas
E muito menos daqueles que roubam a lua
Da vida da puta!
                Seria ela, a praça, de bispos, padres e clérigos?
                Não, não, não e não
                Poderia ser a praça de uma igreja
                Que não é puta, mas tem uma vida suja.

Que fique bem claro
E que não aja mais dúvidas!
A praça é do povo,
A praça é da puta,
A praça é da Lua,
A praça é de quem luta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário