“A praça, de quem é
a praça?
Pertence a quem essa
bendita praça?
Pertenceria ela ao
povo?”
A praça e o povo,
O povo e a praça.
Juntos constituem
Uma imagem de
Luta e labuta,
Onde até mesmo a puta
Com sua vida curta
(para alguns suja)
Tem o direito de olhar
Para LUA.
Árvores e chafarizes,
Gangorra e balanços,
Terra e concreto
Compõem tua forma
Dura, posto que é rua,
Configuram tua face nua
e crua
Onde para além da lua
e da puta
Transcorre a curva,
Trazendo com a chuva
O burburinho para
O povo da rua.
O burburinho quando
Se
junta ao povo da praça,
Traz
consigo o clamor da puta
E
de toda plebe que na praça
Juntos
olham para lua,
Nua,
com curvas,
Mas
que não é minha e nem sua.
Na
praça o pequeno grão
De
terra caída
Tem
em si sentido,
Tem
história,
Tem
sangue de criança
Que
brinca,
Sangue
de adulto que luta.
Pois
bem, mas de quem é a praça?
Será
ela da puta que nua contempla a lua?
Ou
será ela de Eike Marinho ou de Roberto Batista?
Não,
não, não e não
Ela
não pode pertencer a quem oprime o povo
E
muito menos aquele que chama de suja a vida da puta.
Pertenceria
ela do Presidente, ou seria ela
Dos
deputados, senadores e ministros?
Não,
não, não e não
Não
poderia ser assim, não a poderia ser
Daqueles
que de quatro em quatro anos
Enganam
o povo com falsas promessas
E
muito menos daqueles que roubam a lua
Da
vida da puta!
Seria ela, a praça, de
bispos, padres e clérigos?
Não, não, não e não
Poderia ser a praça de
uma igreja
Que não é puta, mas
tem uma vida suja.
Que fique bem claro
E que não aja mais
dúvidas!
A praça é do povo,
A praça é da puta,
A praça é da Lua,
A praça é de quem
luta!

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