quarta-feira, 20 de junho de 2012

PRETÉRITO IMPERFEITO


Enquanto essa dor habitar meu peito
Existirá por você o meu amor sincero,
Mas não se iluda achando que ele
durará para sempre,
pois o início vem seguido do fim,
e hoje vejo bem próximo o término
do que um dia foi o nosso amor,
vejo também a consumação dessa dor
que habita meu peito,
que vai se transformando
em pretérito imperfeito
o que um dia achamos que seria
um futuro mais que perfeito.

Quanto mais tento fugir de você
Mais me prendo ao pretérito
De nossas vidas e me esqueço
Que agora sou sozinho.
Não mais terei sua presença
Muito menos seus beijos
E carinhos, pois agora tudo isso
Faz parte do passado, do museu
De sua e de minha vida,
Pois não mais usaremos
O “nós” para referirmo-nos
A aquilo que um dia foi amor.

Hoje quero estar sozinho,
Quero ser solitário para que
Assim volte a encontrar o que deixei
Para trás, quando decidi seguir com
Você a mesma alameda.
Perco-te para ganhar-me,
Enterro o passado para que possa
Nascer livre o futuro.
Hoje deixo meu destino aberto,
Acessível para o imprevisível
Para quem souber chegar
E queria junta a mim
Caminhar.


Eduardo Andrade do Nascimento

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