sábado, 16 de junho de 2012

DOIS ESTRANHOS



Estranhos
Assim que nos vejo,
Como dois estranhos.
Dois que ontem eram um,
Um que com o tempo virou dois,
Dois estranhos, nada mais que isso!

Um dia foi para mim
Parte fundamental de meu ser
Elemento constituinte de minha existência,
Pois superava em minha vida todos os paradigmas,
Sobrepunha todos meus errôneos conceitos de amar.
Foi um marco, que da mesma forma que foste minha salvação,
Igualmente se fez em meu ser a perdição e o abismo.

Agora longe de ti caminho para esquecer-te,
Para apagar de mim o que de mal ficou em meu ser.
Afasto-me de sua presença, para que possa ser eu novamente,
Para que exista em meu peito, outra vez, tempo para amar.
Assim transforma-se em minha vida,
Deixa de ser minha musa par ser
Somente uma estranha,
Pois sei que na sua história
Sou igualmente um estranho.

Hoje quando cruzo com você pelos corredores da vida
Olho e vejo somente uma pessoa estranha,
Que nunca vez parte de minha vida,
Pois a que fez, não mais existe.
Sobraram apenas as lembranças
Que o tempo se cuida em desbotar
E transformar em papel inanimado, sem valor.
Estranhos, dois estranhos
Somos eu e você, nada mais que isso!

Eduardo Andrade do Nascimento.

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